Câncer de Bexiga

O câncer de bexiga é a segunda neoplasia maligna mais frequente no trato urinário. É mais frequente nos homens (2,5 x) e representa o quarto tumor em incidência entre as neoplasias malignas no sexo masculino e o oitavo de maior prevalência no sexo feminino. A incidência dos tumores de bexiga vem crescendo nos últimos anos.

Diagnóstico:

Seu diagnóstico pode ser retardado por não valorização dos primeiros sintomas que geralmente são a hematúria (presença de sangue na urina) macroscópica ou microscópica e sintomas irritativos urinários não relacionados a infecção.

O tabagismo é o principal fator de risco representando 50 a 80% dos casos, mesmo nas pessoas que já abandonaram o hábito de fumar. Alguns outros fatores como exposição ocupacional a agentes químicos, uso pregresso de ciclofosfamida, uso crônico de sonda, cálculos de bexiga, infecção urinária de repetição e síndrome de Lynch também estão relacionados ao aumento do risco.

Apresentam elevada taxa de recidiva necessitando acompanhamento regular.

O exame clínico não apresenta muitas informações sendo necessária avaliação laboratorial com exame de urina I, hemograma, coagulograma, citologia urinária e exames radiológicos.

A cistoscopia é o exame mais importante para o diagnóstico dos tumores de bexiga apresentando sensibilidade elevada. Permite a identificação do tamanho, localização, aspecto das lesões e da mucosa da bexiga. A cistoscopia pode ser precedida pela ressecção endoscópica do tumor da bexiga ou realização de biópsias para o diagnóstico anátomo patológico.

O anátomo patológico é imprescindível para o diagnóstico e programação terapêutica, sendo os carcinomas de células transicionais os tumores mais frequentes. São classificados em superficiais quando acometem a camada superficial do urotélio, profundos quando atingem a musculatura e o carcinoma “in situ “que apresenta características próprias de prognóstico e evolução.

Tratamento:

O tratamento é dependente do exame anátomo patológico que identifica o grau de infiltração e o padrão de agressividade (alto ou baixo grau). Muitas vezes a ressecção transuretral pode ser curativa e precedida ou não da aplicação de uma medicação intra vesical que é o Onco BCG. Casos avançados podem necessitar da remoção completa da bexiga (cistectomia) associada a tratamento de quimioterapia e imunoterapia. Essa cirurgia apresenta grande complexidade e o uso do robô tem ajudado muito na sua realização.

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