Câncer de Próstata

O câncer de próstata é o segundo tumor de maior incidência no Brasil ficando apenas atrás dos tumores de pele. A taxa de mortalidade vem diminuindo em função da evolução dos tratamentos e diagnóstico em estágios iniciais.

Os principais fatores de risco

Os principais fatores de risco estão relacionados a idade apresentando maior incidência nos homens com mais de 50 anos; histórico familiar de câncer de próstata especialmente pai, irmãos, tios ou filho com diagnóstico de câncer e a alimentação rica em gordura animal e cálcio. A obesidade parecer não aumentar o risco, mas observa-se um padrão de maior agressividade nos obesos.

Sintomas:

O câncer de próstata não causa sintomas nas fases iniciais e é justamente nessa fase que conseguimos as maiores taxas de cura com o tratamento. Isso reforça a necessidade de os homens serem avaliados com regularidade e a associação do PSA (antígeno prostático específico) e o toque retal têm contribuído muito para o diagnóstico. Sintomas relacionados a diminuição do fluxo urinário semelhantes aos encontrados na hipertrofia benigna podem ser encontrados e em diagnósticos tardios dores ósseas em função de metástases.

Diagnóstico:

O diagnóstico é realizado através da biópsia prostática guiada por ultrassom. O exame é realizado de forma ambulatorial sob sedação semelhante a utilizada na endoscopia digestiva ou colonoscopia. A ressonância multiparamétrica de próstata ou o PSMA PET – CT também são utilizados para auxiliar o diagnóstico e o estadiamento da doença.

Tratamento:

O tratamento é definido em função do padrão de agressividade do tumor que é avaliado pelo exame anátomo patológico e o estadiamento clínico. O tratamento pode ser cirúrgico, radioterápico, bloqueio hormonal, terapia ablativa com ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) e em casos selecionados vigilância ativa. Muitas vezes essas terapias podem ser associadas para se obter uma melhor taxa de cura

Nos casos de tumores localizados e de baixo grau um recurso que pode ser utilizado é a terapia focal por termo ablação. O HIFU (Ultrassom focalizado de alta intensidade) consegue destruir a lesão de forma menos invasiva por aquecimento e cavitação do tecido doente.

A tratamento cirúrgico é realizado através da prostatectomia radical que é uma cirurgia tecnicamente complexa em função da localização anatômica da próstata e a relação com as outras estruturas da pelve. A cirurgia robótica é considerada como uma alternativa minimamente invasiva com a utilização do acesso robô assistido. No nosso meio temos vários equipamentos Da Vinci (Surgical System) a nossa disposição. A cirurgia pode ser realizada com pequenas incisões que permitem uma recuperação mais rápida, menos dor no pós-operatório, menor risco de sangramento, tempo de hospitalização abreviado e melhor resultado funcional (continência urinária e preservação da função sexual) possibilitados pela magnificação da imagem e precisão.

Independente do tratamento escolhido é importante o acompanhamento periódico com o urologista e a realização do PSA.

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