A vasectomia é um método contraceptivo cirúrgico que promove a esterilização masculina. É o terceiro método contraceptivo mais utilizado e seu uso tem crescido três vezes mais rápido que o uso de anovulatórios orais.
Apresenta uma das mais elevadas taxas de eficácia, não interfere com o coito, não causa efeitos colaterais a longo prazo ou alteração da produção hormonal pelos testículos. O índice de satisfação do casal é muito elevado.
A reversão espontânea pode ocorrer, geralmente nos primeiros meses após a realização do procedimento sendo importante a realização de exames de espermograma orientados pelo urologista antes da prática sexual sem uso de contraceptivos.
No Brasil existe a necessidade da assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido 60 dias antes da realização da cirurgia de acordo com a Lei de Planejamento Familiar (nº 9.263/96). Esse termo tem informações sobre a cirurgia e suas implicações e possíveis complicações sendo importante para a decisão de forma não amadurecida ou precipitada.
O objetivo da cirurgia é a interrupção dos canais deferentes o que impede a presença de espermatozoides no ejaculado.
A cirurgia é realizada em caráter ambulatorial, sob anestesia local ou sedação. São efetuadas uma ou duas pequenas incisões na bolsa escrotal para ligadura dos ductos deferentes. Apesar de tecnicamente simples envolve estruturas delicadas e necessita de cuidados intra e pós-operatórios para minimizar o risco de complicações.
As complicações mais frequentes são hematomas e infecção da ferida cirúrgica e de maneira geral de fácil resolução.
É importante o repouso no pós-operatório, bolsa de gelo, uso de analgésicos e antinflamatórios. É possível retorno atividade sexual em torno do sétimo dia do pós-operatório mantendo cuidados com a contracepção até a realização dos espermograma de controle pós-operatórios.